3 de mai. de 2013

Tratar os outros como queremos ser tratados.

Estou pensando neste post desde que eu li, na internet, a conversa de algumas mães de crianças com restrições alimentares.
Na conversa elas falavam que orientavam os filhos a não dividirem os seus lanches com as outras crianças. A  justificativa era de que os alimentos para pessoas com restrições são caros, e como as outras crianças podem comer outras coisas, não havia necessidade de compartilhar.
Eu li e não acreditei.
Cada um cria os filhos da maneira que acredita ser o melhor, mas temos sempre que nos questionar sobre os nossos atos, refletir sobre que mensagem estamos passando.
Vivemos lutando por respeito e consideração, orientando as pessoas a nos incluírem nas atividades sociais. Mas daí, dizemos aos nossos filhos para não compartilharem o lanche porque é muito caro?!
Isso é, no mínimo, confuso!
Podíamos nos colocar no lugar da criança que quer experimentar o lanche do amigo. Como será que ela vai se sentir?
Ou então, no lugar do filho, que situação ruim ter que falar: "Não vou dividir meu lanche.".
E que vida chata essa com restrições alimentares, além de não poder comer o lanche dos outros também não pode dividir o dele...
Eu não gostaria de estar em nenhuma das posições.
Se eu quero que as pessoas me tratem bem, me incluam, e entendam que comida não é tudo, eu também tenho que saber e praticar tudo isso.
Claro que dinheiro e comida são importantes. Mas não são tudo. Compartilhar o lanche, é um ato maravilhoso, onde a criança exercita várias qualidades e aprende, e isso vale muito mais que qualquer bolacha.
Sempre incentivo meus filhos a compartilharem seus lanches, pois a alimentação diferenciada gera curiosidade nas outras crianças.
Poder compartilhar o lanche é motivo de orgulho para eles, pois podem vivenciar e oferecer alegria para os coleguinhas.
Além disso, as outras crianças aprendem que a comida diferenciada não é ruim, não é estranha, é comida como outra qualquer. E o principal, que o outro, apesar de comer coisas diferentes, é amigo.

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