Nós não tínhamos o costume de consumir batata doce com muita frequência, mas olhando o cardápio da escola das crianças, lembrei dela.
Eu só sabia fazer batata doce assada, e fui procurar outras receitas que levam esse ingrediente.
Não achei nenhuma que me agradasse, mas aprendi várias coisas interessantes sobre essa batata.
A batata doce é um carboidrato com baixo índice glicêmico, ou seja aumenta a sensação de saciedade e ainda auxilia no emagrecimento.
Fiquei super animada e comecei a imaginar em quais receitas eu poderia usar essa maravilha.
Nas nossas refeições a batata doce tem aparecido assada mesmo, mas eu faço de um jeito que ela fica parecendo que foi frita, só que faço no forno, sem óleo. Sucesso total aqui em casa!
Outro dia assisti o documentário "Criança, a alma do negócio", é ótimo! O documentário demonstra como a criança é afetada pela publicidade, e quais os efeitos disso na vida dela e de toda a família.
Esse documentário me estimulou a escrever este post, há muito tempo venho pensando sobre a relação entre a restrição alimentar e o consumismo.
Eu nunca aceitei que me dissessem que a restrição alimentar é um obstáculo para a vida social. Mas infelizmente, muita gente acredita que é.
A minha percepção, é de que algumas pessoas se sentem infelizes não porque "não podem comer de tudo", mas porque não podem CONSUMIR tudo que os outros consomem.
No documentário, alguém diz "A propaganda faz com que a criança acredite que só fará parte do grupo se consumir aquilo, só será feliz assim".
E é isso mesmo!
E a restrição alimentar te obriga a não consumir qualquer coisa, você é obrigado a refletir sobre a compra, e aprender a NÃO COMPRAR por impulso.
A restrição alimentar é uma oportunidade de fazer uma reeducação alimentar e mental.
Será que eu preciso comprar isso? Para que vai me servir isso? Eu realmente quero isso?
O fato de não comer a mesma coisa que os outros não me excluí do grupo, eu sou muito mais do que como, não sou definida pela minha alimentação, assim como não sou definida pela roupa que eu uso ou pelo carro que eu tenho.
A ideia de ter para ser é triste, pois quem acredita nisso nunca terá o suficiente para ser feliz.
As pessoas se assustam quando conhecem crianças que nunca comeram Mc Donnald´s, ou que nunca tomaram refrigerante, mas qual é o absurdo disso?
Embora a propaganda te diga que você vai ficar muito feliz e cheio de energias positivas, a verdade é que ninguém precisa disso para ser feliz.
Os pais tem papel fundamental nisso tudo, não só controlando o que a criança assiste na TV ou vê na internet, como também mostrando para a criança como lidar com o consumo e o desejo de ter.
Se não aprendemos a lidar com o nosso impulso consumista, não poderemos ensinar nossos filhos.
Reciclar, reutilizar, doar, trocar, questionar... tudo isso ajuda a criança a entender melhor o valor das coisas e o porquê de comprar ou não aquilo.
Adaptei a receita de panqueca sem glúten para que ela virasse vegan, ficou deliciosa e as crianças adoraram.
A da foto eu acrescentei talos de couve, por isso ficou verdinha.
Ingredientes
2 col. sopa de farinha de linhaça
1/2 xíc. de amido de milho
1/2 xíc. de farinha de arroz
1/2 xíc. de fécula de batata
1 xíc. de água
1 col. sopa de óleo
sal
Modo de fazer
Coloque tudo no liquidificador e misture bem.
Se a massa ficar muito grossa, acrescente um pouco de água.
Unte uma frigideira com óleo, somente na primeira panqueca.
Coloque um pouco de massa e frite. Faça isso dos dois lados.
Eu sempre gostei de cozinhar, mas a necessidade de mudar a minha alimentação foi o estímulo que faltava para que eu me dedicasse de verdade. Adoro pesquisar receitas, ingredientes, tabelas nutricionais, testar substituições de ingredientes. Me sinto uma cientista maluca! Prefiro as receitas simples, práticas e com ingredientes do dia-a-dia. Compartilho aqui no blog não somente essas receitas, mas também minhas experiências e reflexões como celíaca, e como mãe. Acredito que a mudança que queremos no mundo deve começar por nós mesmos, por isso me questiono sempre, sobre tudo. Deixe comentários nas publicações, é muito legal saber o que pensa quem lê o blog! Espero que gostem do Quitanda sem glúten. Abraços, Janaína Branco quitandasemgluten@gmail.com