Bolinho sem glúten e vegan

Bolinho de abobrinha, sem glúten, leite e ovos. Receita fácil e que as crianças adoram fazer e comer.

Panqueca

Massa versátil e fácil.

Cuscuz paulista

Uma receita original, sem glúten, sem leite e sem ovo.

Hambúrguer com legumes

Receita ideal para crianças que tem dificuldade de comer legumes.

Pão sem glúten e vegan

Pão sem glúten, leite e ovos. Receita super fácil!

Entender para fazer

Série de publicações que dão dicas de como receber bem alguém com restrições alimentares. Simples e fácil.

Você não tem cara de celíaco.

Mas será que celíaco tem cara?

27 de mai. de 2015

A bola da vez...

A bola da vez é atacar o desconhecido.

Como diz a voz do povo, " a ignorância é a mãe de todas as doenças".

Recebi por e-mail o artigo "A bola da vez é o glúten.", de Anna Marina, publicado no jornal Estado de Minas, Caderno Cultural, em 23 de maio de 2015.
Sinceramente, dei risada. Texto tão lamentável, que me soou irônico estar no Caderno Cultural... 
Não sei quais os motivos que levam um profissional a se propor a escrever sobre algo que desconhece e que não tem disposição a estudar.
Escrever baseado em suposições, sem conhecimento real, é irresponsável e anti-ético. 

Mas, vamos aos fatos.
No caso especifico da Doença Celíaca e do glúten, é irresponsabilidade a publicação do texto citado porque sim, o glúten mata. E mata milhões de pessoas por ano no mundo inteiro!
Um levantamento global, divulgado em 2011, indicou que 42.000 crianças morrem por ano de doença celíaca.( Pesquise por Peter Byass, epidemiologista coordenador do estudo,Universidade de Umea, na Suécia.)
Será esse um número razoável para que seja aceitável se falar em glúten?
Será um bom motivo para que o Dia Mundial do Celíaco seja lembrado e que as associações espalhadas pelo mundo aproveitem esse dia para informar a população sobre esse risco?
A média mundial aponta que 1 em cada 100 pessoas é celíaca, e pior, metade delas não sabem. E é muito provável que você conheça alguém celíaco.
Além disso, existem as pessoas sensíveis ao glúten que não são celíacas (SGNC), esses indivíduos estão fora dessas estatísticas, mas estão em risco assim como os celíacos, inclusive podendo chegar a óbito, caso a dieta não seja respeitada.
Então é muito, mas muito provável que você conheça alguém que não pode consumir glúten.
E como será que essas pessoas podem se alimentar com segurança e tranquilidade, se não tiverem informações nos rótulos?
Paçoca, biscoito de polvilho e feijão cozido não deveriam ter glúten, mas em muitos casos têm.
Produtos que são naturalmente sem glúten, quando manipulados em ambientes que são compartilhados para o preparo de alimentos com glúten, passam a conter glúten. Existe até um nome para essa situação, contaminação cruzada.
O artigo registra a reclamação de "excesso de informação", mas ao ler o artigo, fica evidente a deficiência crônica de informação, aliada a falta de pesquisas sobre o assunto. E finalmente, a pior notícia, pudemos diagnosticar que a jornalista sofre de uma profunda falta de compaixão.
O tratamento inicial indicado é uma visita a ACELBRA-MG, onde ela poderá receber informações seguras e sérias a respeito das questões relacionadas ao glúten.
Acredito que conversar com algumas famílias celíacas e em especial com crianças celíacas, possa criar alguma compaixão.
A ignorância é a mãe de todas as doenças...mas a humildade é a cura para muitos males.